Pois então, o carnaval se foi… volta logo! E mesmo com tantos problemas que estamos passando aqui na cidade, infelizmente, meu carnaval de 2018 foi sensacional e mais que perfeito. Esse ano foquei na Sapucaí, nas festas fechadas (Spanta Neném, Bloco do Copa e Baile do Copa) e nas tradicionais feijoadas de carnaval que eu ainda não tinha participado, porque acho que estou ficando velha e os bloquinhos, por mais lindos e animados que sejam, no calor de 50 graus que fez nos dias de folia, não estavam me animando muito… rs
Também queria guardar toda minha energia para a Sapucaí (sim, ela é matadora!), afinal foram 4 dias intensos de cobertura para mostrar aqui pra vocês um pouco do que rolou nos camarotes de lá. Falei sobre os principais nesse post aqui, e como imprensa, pude visitar alguns deles.
Além disso, estive pela primeira vez “desfilando” no blocão que se forma na avenida ao final dos desfiles do último dia das escolas de samba do grupo especial (segunda-feira pós Beija-Flor) e do desfile das campeãs (sábado – também pós Beija-Flor). Façam isso, de verdade! Se não estiverem desfilando e tiverem ingresso que dê para acessar a avenida ao final (arquibancadas não têm), entrem na avenida, melhor sensação da vida!
Eu e Nairoquinha no desfile das campeãs, na Beija-Flor
Não vou me cansar nunca de falar que só estando ali para sentir a energia surreal do lugar, podem falar o que quiser do carnaval do Rio, sabemos que há muitos problemas e mutretas, mas é uma festa cultural conhecida mundialmente e gera milhares de empregos, além de injetar muito dinheiro no turismo do Rio de Janeiro e do Brasil. Mas fora isso, olhar nos olhos de cada um que estava desfilando e cantando aqueles sambas-enredo na maior felicidade, é muito emocionante. São eles que fazem toda diferença pra mim numa escola de samba, eu fiz questão de ficar bem perto e olhar para o rosto de cada um que estava ali, muito lindo, sem palavras. Os artistas abrilhantam ainda mais o desfile, claro. Enfim, me emocionei do início ao fim, elegi a Salgueiro como minha escola de samba do coração de vez e a Beija-Flor a segunda, porque aquele samba-enredo me arrepiou desde o primeiro momento que ouvi o refrão! E aquela encenação toda? Impossível não amar, desculpa. Falei pra minha amiga, olha, eu não entendo nada de escola de samba, mas do jeito que a Beija-Flor está, vai ganhar, hein! Olha só no que deu…
Vamos aos camarotes da Sapucaí! Fique sabendo que, se você não é famoso, não conhece alguém que possa te dar um convite, não ganhou num sorteio, fez parceria ou é credenciado como imprensa, vai ter que pagar sim para ficar no camarote. Os melhores são bem caros, mas a boa notícia é que esse ano surgiram vários bem mais em conta, com um custo-benefício ótimo pra quem queria sentir o gostinho de assistir aos desfiles no conforto do ar-condicionado, shows para convidados, comida e bebida à vontade, massagem, lugar para customizar camisa, fazer make, chegar e voltar de van sem precisar se preocupar com os altíssimos preços dos aplicativos e táxis, ou se espremer no metrô… e por aí vai.
A primeira parada foi no Camarote N1, dispensa comentários, mas eu vou fazer. Por muitos anos funcionou apenas para convidados, mas desde o ano passado passou a vender ingressos. Seu anfitrião é nada menos do que Álvaro Garnero, então já imagina a quantidade de celebs na área, né? Muita gente bonita mesmo, camisas perfeitamente customizadas nas modelos lindas que desfilavam de um lado para o outro, globais, artistas de todos os lados e fotógrafos ensandecidos para pegar os melhores ângulos. Uma loucura! Apesar de cheio, estava bem organizado, com shows de primeira, gastronomia pra ninguém botar defeito (banqueteiro Viko Tangoda) e uma ótima vista da avenida (setor 3), porém ainda não era a melhor. As musas eram Sabrina Sato e Anitta. Destaque para o espaço da Givenchy para as makes, fino, extremo bom gosto.
Segunda parada foi no Camarote Wood’s, novato na Sapucaí e filho da casa noturna de mesmo nome – a mais famosa casa sertaneja do Brasil – foi ótima opção para os amantes desse estilo musical, pois teve shows de Fernando e Sorocaba, João Bosco e Vinícius, Thaeme e Thiago e outros. Fora o custo-benefício, dependendo do dia, um ingresso saía a R$ 600,00 em média (dia 09 com desconto de parceiros, por exemplo) e R$ 1.500,00 nos dias 11, 12 e 17. A localização era ótima, setor 8, onde dá para ver bem grande parte do desfile, porém o espaço das janelas no andar de cima (sem ser na frisa) era tão apertado, que quase não se conseguia chegar perto para ver as escolas, o que ficou bem desconfortável, na minha opinião. O pé direito muito baixo me sufocou, confesso, e não consegui ficar por muito tempo no ambiente. Mas as opções de comida eram boas e justas! Para um primeiro ano, acho que foi uma boa opção para quem nunca ficou num camarote.
A terceira parada foi no Camarote Rio Praia, um dos mais animados da Sapucaí. Foi seu primeiro ano e a localização era ótima, setor 10, um ambiente espaçoso e bem arejado. Ficou um espaço alegre e bem popular com atrações musicais para todos os gostos. As opções de comida e bebida eram ótimas e destaco os dispositivos para carregar celulares, sensacionais. Algo que faz muita diferença em festas assim, já que estamos fazendo fotos e vídeos a todo momento. No desfile das campeãs, por exemplo, o valor foi de R$ 1.590 por pessoa com direito a apresentação de samba com o Tinga, puxador da Unidos da Tijuca, DJ’s e outras atrações especiais, além de um Open Bar e um Open Food pra ninguém botar defeito. Lanchinhos toda hora até a madrugada!
Quarta parada foi no Camarote Rio Exxperience, que posso dizer que foi perfeito pela proposta que oferecia, o meu preferido de todos os visitados na Sapucaí. Fiquei realmente impressionada com o lugar, fez jus a propaganda: emoção, encantamento, conforto e sofisticação. Se você procura isso, o camarote certo para o Carnaval 2019 é esse. Ano passado ele funcionou apenas como espaço corporativo premium e esse ano passou a vender ingressos também.
Logo na entrada você percebia a atenção aos detalhes na decoração, a recepção com apresentação de artistas circenses (Carol Palma Circo) e a atenção aos convidados. Um ambiente muito espaçoso, aconchegante e bem confortável. O lugar para customização de camisas e para fazer make artística era ótimo, o espaço da frisa era amplo e ninguém se esbarrava para ver o desfile de perto. No segundo andar podia-se andar tranquilamente sem sentir sufoco ou levar um pisão no pé, um esbarrão no ombro e por aí vai.
Você conseguia curtir de verdade a essência do carnaval da Sapucaí, que na minha opinião é ver as escolas de samba mesmo e curtir atrações bacanas nos intervalos. Teve Pretinho da Serrinha e o Samba Iaiá, piano rock com Glaucio Cristelo e muita música boa com os meninos do Live On, animação total e programação de muita qualidade. Em média, o valor para os dias 11 e 12 estavam R$ 1.480,00. Por esse preço, seria minha escolha!
Ah… localização mais que perfeita: em frente aos jurados! Ou seja, todos os membros das escolas faziam a melhor performance ali bem na sua frente. Simplesmente incrível. Gastronomia impecável, Pedro de Artagão no comando – carioquíssimo, descendente de portugueses, com experiências em cozinhas como Le Pre Catelan, Careme da chef Flavia Quaresma, o clube Gourmet de Hugo Celidonio, Laguiole no Museu de Arte Moderna e a frente do grupo IRAJÁ com casas premiadas como IRAJÁ Gastrô, Boulangerie Petit Formidable, o Cozinha Artagão, Azur, o catering Pedro de Artagao Eventos e a cozinha do BLUE Note – apenas. Quando começava a passar na minha frente aquela famosa sobremesa do Irajá Gastrô (bolo de chocolate com calda de vanila), era impossível resistir, aquilo é dos deuses! Sem mais para o momento, fez dos últimos dias do meu carnaval ficarem perfeitos.
Pedro de Artagão à esquerda
Ainda faltou passar por alguns camarotes da nossa lista, como o Nosso Camarote, o Allegria, Itaipava e Rio Samba e Carnaval, esse último pude conhecer na Feijoada de Apuração da quarta de cinzas, uma experiência emocionante acompanhar nota a nota a apuração ao som de sambinha do bom e uma feijoada deliciosa do O Bom Galeto, do grupo GSPP.
Eu, Paulinne e Anna (Mural Comunicação) e Nairoquinha (Portal Embarque na Viagem)
O Nosso era a balada dos famosos, camarote da promoter Carol Sampaio que ferveu de celebridades também, mas sempre muito cheio. O Allegria era a balada de todos, com uma programação vasta para os solteiros de plantão em quase todos os dias, fervo total como diria uma amiga minha. Os dois ficavam bem no final da avenida, um de frente para o outro, com a mesma estrutura: uma frisa grande, mas um segundo andar bem pequeno, a prioridade eram os palcos dos shows. Uma proposta totalmente diferente, público jovem e disposto a rolar a madrugada e a manhã do dia seguinte pela Sapucaí, mas com uma visão não tão boa do desfile. A programação musical era muito boa, animação pra ninguém botar defeito em todos os dias!
Foto: riobookguide
O Itaipava era só para convidados, mais fechado e restrito. O Rio Samba era aquele mais tradicional de todos, público mais maduro, artistas das antigas, espaços para negócios (como quase todos) e em boa localização. O preço dele é alto, então vai muito do tipo de atração que você está procurando. Os outros não tinha como conhecer, são muitos e nem todos abertos para imprensa ou público.
Enfim, foi uma experiência de vida arrasadora, eu diria! Ano passado fui só um dia e nem aproveitei nada, esse ano foi serviço completo, tudo lindo demais, desde a concentração até a dispersão. Se quiserem conferir todos os stories que fiz, estão no meu Instagram, dá pra sentir o gostinho de tudo que falei aqui >> @thailisemonteiro
Espero que esse post ajude a planejar seu próximo carnaval, porque camarote é vida, vale muito a pena sim!
Beijos da Thata
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1 Comentário
Juliana
05/12/2022 at 09:35Já deu para ter uma boa noção, obrigado por compartilhar. Neste ano vou em busca de um camarote.